Piloto bêbado causa rebelião de passageiros em vôo

Os passageiros de um vôo de Moscou, na Rússia, a Nova York, nos Estados Unidos, passaram horas de terror depois de ouvir um anúncio feito pelo comandante do avião. Segundo informações do jornal Moscow Times, o piloto parecia estar tão bêbado que era impossível identificar que língua ele estava falando.

(Importante perguntar QUEM disse isso, porque duvido que americanos identifiquem russo quando ouvem russo)

O episódio ocorreu no último dia 28 de dezembro, informou nesta quarta-feira o jornal britânico The Independent. O terror começou antes do início do vôo, quando o piloto Alexander Cheplevsky deu as boas-vindas aos passageiros, que, sem conseguir entender que língua ele estava falando, pediram para saísse da cabine.

Cheplevsky se recusou a acatar o pedido e os passageiros foram convidados a parar de reclamar ou deveriam sair do avião. Segundo o Moscow Times, que tinha um repórter a bordo, um representante da empresa Aeroflot subiu na aeronave para avaliar a situação e disse que não havia maiores problemas se o piloto estivesse bêbado.

(Faz sentido. As pessoas já estão colocando suas vidas à mercê de uma máquina sobre a qual nada sabem mesmo, que diferença faz colocar a vida à mercê de um bêbado?)

"Ele apenas aperta um botão e o avião decola", teria dito. A tripulação concordou com o representante e pediu que os passageiros "parassem de causar problemas". O incidente só foi resolvido horas depois, com a substituição do piloto. Segundo outro jornal, Komsomolskaya Pravda, o comandante teria comemorado seu aniversário na noite anterior, mas a companhia aérea negou que eles estivesse bêbado.

A porta-voz da empresa, Irina Dannenberg, acusou os passageiros de "psicose em massa". Os passageiros, no entanto, confirmam suas impressões. "Eu não acredito que exista alguém na Rússia que não saiba identificar quando uma pessoa está bêbada", disse a passageira Katya Kushner ao Moscow Times.

(Precisamos concordar com Katya. Se tem um povo que entende de bebida são os russos. Aliás, Rússia, obrigado pela vodca.)

Segundo ela, em um primeiro momento, o piloto olhou para os passageiros como "se todos fossem loucos". "Depois, quando ele se recusou a sair da cabine, disse 'eu vou ficar bem quietinho sentado em um canto, nós temos três outros pilotos e eu prometo que não vou tocar nos comandos'", afirmou a passageira.